Husm está sem atendimento na área de imunologia e alergia

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Eduardo Aigner

A falta de um especialista na área de imunologia e alergia no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), provocou uma brecha no atendimento a pacientes da Região Central. Isso porque, a única médica que atendia via Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade não faz mais parte do quadro de servidores da instituição.  

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De acordo com a assessoria de comunicação, o hospital está sem especialista desde o dia 4 de março. A Gerência de Atenção à Saúde da instituição já comunicou, na última quinta-feira, a 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ª CRS) sobre o fato, para que a gestão solicitasse providências e definisse o encaminhamento dos 31 pacientes que estavam em atendimento e acompanhamento no Husm.

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A auxiliar administrativa Ana Paula Bittencourt Nascimento, 37 anos, lamenta a falta de um especialista. O filho dela, o adolescente Luis Felipe Bittencourt, 16 anos, tem a Síndrome de Kartagener, uma doença rara, que causa problemas sérios no sistema respiratório. Além disso, ele tem dextrocardia (o coração fica no lado direito) e situs inversus total (os órgãos também são invertidos, menos o pulmão e os rins).

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Em função da doença, Luis Felipe também possui deficiência de IgA, uma imunodeficiência genética, cujos portadores carecem de imunoglobulina A (IgA), um tipo de anticorpo que protege contra infecções das mucosas que revestem a boca, vias aéreas, e trato digestivo.

- Dia 4 foi a última consulta com a médica, mas não nos passaram nenhum encaminhamento, nada. A médica nos orientou a procurar um posto de saúde para tentar agilizar o encaminhamento. Ele ia a cada quatro meses na consulta para cuidar do sistema imunológico - relata.

Segundo a 4ª CRS, esses pacientes serão referenciados a nível estadual, isto é, serão encaminhados para Porto Alegre. Quem deverá fazer os encaminhamentos são os próprios municípios de origem dos pacientes, de acordo com a disponibilidade do serviço. A medida deve permanecer em vigor até que o Husm tenha outro profissional na área disponível, o que deve demorar, já que a contratação se dá mediante concurso público. Ainda conforme a 4ª CRS, nenhum dos 32 municípios que fazem parte da coordenadoria possui a especialidade na rede pública de saúde.